HÁ
LODO NO CAIS (1954)
“On the Waterfront” (Há Lodo no Cais) é uma
das obras máximas de Elia Kazan e também um dos seus títulos mais contestados.
Não pela qualidade intrínseca da obra, que raros põem em causa, mas pelas
implicações que a mesma acarreta, relativas a um período extremamente polémico
da vida da América e do próprio cineasta.
Deve,
aliás, dizer-se que “Há Lodo no Cais” poderá justificar duas formas de
aproximação quase antagónicas, uma integrando o filme no caso específico do
comportamento individual do realizador durante o "maccartismo", outra
olhando-o como obra autónoma que seja analisada por um espectador desprevenido
que atente apenas naquilo que as imagens mostram.
Para
se compreender melhor este filme é necessário conhecer um pouco da história
pessoal deste cineasta. Já com alguma fama como encenador, Elia Kazan foi
convidado, no início da década de 40,
a viajar até Hollywood.
Durante
os anos 30, ainda em Nova Iorque, militara no Partido Comunista americano, numa
época em que este partido tinha alguma influência no quadro da sociedade norte
americana, sobretudo por causa de Roosevelt e do seu programa de
desenvolvimento económico e social, conhecido por “New Deal”. Roosevelt
desafiara as forças de esquerda para se associarem a este projecto de
recuperação nacional, o que era sobretudo visível no campo artístico e
literário. Por isso, quando Kazan surge na realização, é compreensível que
mantenha e prolongue no cinema essa formação de empenhamento político, bem como
as suas inquietações de raiz social, o que ficou bem testemunhado, por exemplo,
em “Crime Sem Castigo”.
Depois,
em meados da década de 40, quando Kazan já se encontrava fora das estruturas do
Partido - fora expulso, acusado de pouca ortodoxia -, a Comissão das
Actividades Anti-Americanas inicia a depuração da sociedade americana dos
elementos comunistas, e avança deliberadamente contra o mundo do cinema, pois
era o campo que maior cobertura jornalística forneceria, favorecendo dessa
maneira a estrutura intimidatória do inquérito dirigido pelo tristemente
célebre senador MacCarthy. O cinema seria o exemplo a brandir perante a
sociedade.
Entre
os vários realizadores, argumentistas, técnicos e actores intimados a
comparecer perante essa comissão esteve Kazan. Enquanto alguns se recusaram a
depor e outros falaram constrangidos, Kazan aceita depor, e aluga uma página de
um diário para tornar pública a sua denúncia. Confessa ter sido comunista e
aponta os que como ele o foram, alegando várias justificações para esta
atitude, entre as quais o facto do PC americano se ter transformado numa
estrutura intimidatória lesiva.
Daí em
diante, Kazan será acusado na América e no mundo por este seu acto, e os seus
filmes posteriores não deixam de reflectir sobre este acontecimento
traumatizante. “Viva Zapata!”, que é realizado em 1951, acompanha o desenrolar
do processo, “Man on a Tightrope”, de 1954, é uma obra claramente anti
comunista, e talvez das mais fracas de Kazan, “Há Lodo no Cais” é de 1954, e
assume-se claramente como uma reflexão sobre a denúncia. Será que a denúncia é
em si mesmo um acto negativo? Kazan irá mostrar, através da figura de Terry
Malloy, que Marlon Brando interpreta de forma memorável, que a denúncia pode
por vezes ser heróica.
É aqui
que a interpretação desta obra adquire leituras diferenciadas. Se a denuncia de
Kazan, por muito compreensíveis que sejam os factos em que se baseia, e que a
História de alguma forma comprovou, é apesar de tudo condenável, pelo cenário
histórico em que se inscreve - a ascensão de forças ultrareaccionárias na
América, comandadas por ultra direitistas como o sinistro MacCarthy -, já a
denúncia de Terry Malloy é efectivamente um acto de coragem cívica.
No
mundo das docas, com os sindicatos dominados por uma Mafia que tudo corrompe em
proveito próprio, Terry Malloy, antigo pugilista que passou ao lado de uma
grande carreira porque aceitou perder um combate que era de ganhar, é chamado
para atrair a uma cilada um operário que estava disposto a denunciar o
"complot". Mas, a partir daí, este acto irá pesar na consciência de Terry
Malloy, que lentamente começa a perceber quais os interesses que efectivamente
se movimentam por detrás de Johnny Friendly e do seu próprio irmão Charley. O
padre Barry coloca-se à frente da contestação, mas necessita de alguém que
aceite depor no inquérito. Alguém que chegue vivo até ao tribunal.
O
filme de Kazan é prodigiosamente construído, e admiravelmente interpretado.
Basta analisar meia dúzia de planos iniciais para se perceber que estamos
perante um cineasta invulgar. Das docas sai o grupo de Johnny Friendly e a
imagem, com um navio acostado, é uma imagem de força e de poder. Num
“contra-plongée” quase vertical, vê-se Terry Malloy, com um pombo-correio nas
mãos, chamar um amigo. Num plano seguinte, o rosto de Malloy surge para lá de
um gradeamento que aponta para o céu as suas ameaçadoras setas metálicas. E
dá-se o irremediável.
As
imagens preparam o acontecimento de forma fulgurante. Todo o filme irá jogar
com esta mestria narrativa, este poder de sugestão, esta força expressiva que
só os muito grandes conseguem realmente concretizar com uma economia de meios
absolutamente genial. Elia Kazan é um realizador invulgar. O argumento de “On
the Waterfront”, escrito por Budd Schulberg, segundo uma série de artigos de
Malcolm Johnson, é de uma inteligência e lucidez notáveis. A fotografia a preto
e branco de Boris Kaufman é igualmente admirável, pela dureza e rigor que
imprime às imagens. A música de Leonard Bernstein ajuda a ritmar o pulsar desta
sociedade violenta. Marlon Brando atinge aqui o estatuto de mito, mas todos os
que o rodeiam são brilhantes, desde os sinistros Lee J. Cobb e Rod Steiger, à
inocente e pura Eva Marie Saint, passando por Karl Malden na figura do padre
Barry.
Uma
obra-prima que a Academia de Hollywood consagrou com 8 Oscars, entre os quais
os de melhor filme, melhor realização, melhor actor, melhor actriz secundária,
melhor argumento, melhor fotografia a preto e branco, melhor montagem e melhor
direcção artística. Pela primeira vez na história de Hollywood um mesmo filme
via três actores secundários serem nomeados para o Oscar da categoria - Karl
Malden, Rod Steiger e Lee J. Cobb.
E não
se pode dizer que tenha sido somente a Academia a saldar a sua dívida para com
Kazan, porque nos meios de Hollywood, entre aqueles mesmo que agora votavam os
melhores, Kazan deixara muitas inimizades. Mas a força de “Há Lodo no Cais” a
tudo resiste. Esperemos que funcione hoje como tremendo libelo contra um mundo
onde as injustiças mais gritantes sobrevivem, e onde por vezes é necessário
erguer corajosamente a voz.
Marlon
Brando, na sua autobiografia, explica desta forma a génese de “Há Lodo no
Cais”: “Durante a década de trinta, vários membros do Group Theatre, incluindo
Gadg, aderiram ao Partido Comunista - em grande parte, julgo, devido a uma crença
idealista de que oferecia uma abordagem progressista para acabar com a
Depressão e a crescente desigualdade económica no país, confrontava a injustiça
racial e fazia frente ao fascismo. Muitos, incluindo Gadg, não tardaram a ficar
desencantados com o partido, mas apelavam para as sua causas durante a histeria
da era McCarthy.
“A
House Un-American Activities Committee era liderada por J. Parnell, um honrado
pilar da nossa comunidade política, que veio mais tarde a ser preso por fraude.
Os outros membros da comissão estavam bastante mais preocupados em explorar o
fascínio do público por Hollywood e em gerar publicidade para si próprios do
que com qualquer outra coisa. Intimaram Gadg e o seu testemunho marcou-o para
sempre. Não apenas admitiu que fora comunista, como identificou todos os
restantes membros do Group Theatre que também o haviam sido. Muitos dos seus
velhos amigos ficaram furiosos, consideraram o testemunho uma traição e
recusaram-se a voltar a falar ou trabalhar com ele.”
“Até
então, Gadg colaborara com Arthur Miller, para quem realizou “All My Sons”.
Depois disso, presenteou-me com um argumento que tratava da vida nos cais de
Nova Iorque. Quando Miller se retirou do projecto, Gadg chamou Budd Schulberg,
o romancista que, tal como ele próprio, denunciara nomes perante a House
Un-American Activities Committee. Schulberg estava a trabalhar num argumento
acerca da corrupção nas docas baseado numa série de artigos de imprensa
premiados que descreviam a forma como a Máfia se apoderava de parte da carga
movimentada nos portos de Nova Iorque e Nova Jérsia. Gadg e Schulberg juntaram
os dois argumentos e tentaram durante meses arranjar um estúdio que financiasse
o filme.“
Sobre
a personagem que interpretou, o actor esclarece: “Terry Malloy, um ex-pugilista,
foi uma personagem baseada numa figura verídica que, apesar das ameaças contra
a sua vida, testemunhou contra o Goodfellas, que dirigia o cais de Jérsia.
Aceitei com relutância o papel porque não apreciara a atitude de Gadg e
conhecia algumas das pessoas que haviam sido gravemente prejudicadas. Era
especialmente estúpido, porque a maior parte das pessoas haviam deixado de ser
comunistas. Pessoas inocentes foram também colocadas na lista negra, incluindo
eu, embora nunca tivesse tido qualquer filiação política. Foi apenas porque
tinha assinado uma petição contra o linchamento de um homem negro no Sul. A
minha irmã Jocelyn, que aparecera na peça “Mister Roberts”, na Broadway, e se
tornou uma actriz muito popular, foi também incluída na lista negra porque o
seu nome de casada era Asinof e havia outro J. Asinof. Nessa época, pisar o
passeio com o pé esquerdo em primeiro lugar já era motivo para suspeita de que
se pertencia ao Partido Comunista. Julgo que escapámos por um triz a
implantação do fascismo neste país.”
“Gadg
tinha de justificar o que fizera e pareceu ter sinceramente acreditado na
existência de uma conspiração global para se apoderar do mundo e em que o
comunismo constituía uma perigosa ameaça para as liberdades americanas. Tal
como os seus amigos, disse-me que se voltara para o comunismo porque, na
altura, lhe parecera oferecer um mundo melhor, mas que o abandonara quando se
apercebera de que não era assim. Falar sinceramente perante a comissão,
opondo-se aos seus antigos amigos que não haviam abandonado a causa, fora uma
decisão difícil, acrescentou, mas uma vez que fora por eles ostracizado não
sentia remorsos pelo que fizera.”
“Decidi
finalmente fazer o filme, mas do que não me apercebi na altura foi de que “Há
Lodo no Cais” era na verdade um argumento metafórico da autoria de Gadg e Budd
Schulberg; fizeram o filme para se justificarem por terem denunciado os amigos.
Claro que, ao interpretar a figura de Terry Malloy, eu representava o espírito
do homem destemido e corajoso que desafiava o mal. Nem Gadg nem Budd Schulberg
tiveram alguma vez segundas intenções no seu testemunho perante a comissão.”
“Nessa
época, Gadg era o realizador que estava no limiar da mudança do modo de fazer
filmes. Fora influenciado por Stella Adler e pelas inovações que esta trouxera
da Europa e tentava sempre criar espontaneidade e ilusão da realidade nos seus
filmes. Contratou homens das docas para actuarem como figurantes. Filmou a
maior parte das cenas nos bas-fonds da doca de Nova Jérsia. Ficou satisfeito
por estar mesmo frio. Isso conferia um toque de realismo e ficou encantado pelo
facto de o nosso bafo aparecer no filme. A maior ironia consistiu no facto de
ter obtido autorização da Máfia para filmar nas docas. Quando o convidaram para
almoçar, arrastou-me com ele e só mais tarde vim a saber que o homem com quem
almoçámos era o líder do cais de Jérsia. Apesar de Gadg ter denunciado os
amigos perante a House Committee over Communism, nem hesitou ao ter que
cooperar com a Cosa Nostra. Tendo em conta os seus próprios critérios, isto
pareceria um extraordinário acto de hipocrisia, mas quando Gadg queria fazer um
filme e tinha de mexer alguns cordelinhos para o conseguir estava perfeitamente
disposto a isso. Na realidade, conheci algumas pessoas da Cosa Nostra na altura
e tê-los-ia preferido a bastantes políticos que temos.”
Muito
interessante é ainda surpreender as relações entre actor e realizador, neste
caso entre Elia Kazan e Marlon Brandon que aqui dá conta da sua versão:
“Uma
das razões pelas quais Gadg era um óptimo realizador era por conseguir
manipular as emoções das pessoas. Tentava descobrir tudo acerca dos seus
actores e participava emocionalmente em todas as cenas. Vinha ter connosco nos
intervalos das filmagens e dizia-nos algo que pudesse suscitar reacções para
melhorar a cena. Por vezes, chegava a criar mal-entendidos com esta técnica. Em
“Viva Zapata!” eu fazia de irmão de Tony Quinn e Gadg disse-lhe algumas
mentiras a meu respeito. Isto intensificou o estado emocional de Tony e foi
muito bom para o filme, porque fez acentuar o conflito entre irmãos;
infelizmente, Gadg nunca se preocupou em desfazer o mal-entendido. Só vim a
sabê-lo quinze anos depois, num talk-show, em que Tony fez referencia ao que se
passara. Telefonei-Ihe e disse-lhe que nunca havia dito tais coisas e que Gadg
o manipulara. Foi um alívio poder esclarecer esta trapalhada. Desde então, Tony
e eu voltamos a falar-nos.”
“Gadg
era fantástico a inspirar os actores a representar, mas isso tinha um preço. As
pessoas comentaram muitas vezes comigo a cena de “Há Lodo no Cais” que tem
lugar no banco de trás de um táxi. Ilustra bem o modo de trabalhar de Kazan. Eu
desempenhava o papel de irmão bonzinho e ele era um líder sindical corrupto que
tentava melhorar a minha posição com a Máfia. Haviam-Ihe insinuado de diversas
formas que me armasse uma cilada porque eu iria testemunhar perante a Comissão
do Cais acerca dos crimes de que tinha conhecimento. Segundo o argumento,
Steiger era suposto puxar de uma pistola no táxi, apostar-ma e dizer “Decide-te
antes de chegarmos a 437 River Street” - que era onde eu seria morto.
Disse
a Kazan: “Não posso acreditar que ele dissesse uma coisa dessas ao irmão e o
público também não vai acreditar que este tipo que viveu toda a vida com o
irmão e que tomou conta dele durante trinta anos lhe apontasse de repente uma
arma e ameaçasse matá-lo. Não é verosímil.
Esta
situação era típica das discussões criativas que tínhamos.
- Não
posso representar isto assim - insisti e Gadg respondeu: “-Claro que podes; é
perfeitamente plausível.”
- É
ridículo - protestei. - Ninguém falaria assim ao irmão. Representámos várias
vezes a cena à maneira dele, mas eu continuei a dizer:
- Não
pode ser assim, Gadg, a sério que não. Finalmente, ele disse: “Está bem,
apresentem a vossa proposta”.
Rod e
eu improvisámos a cena e acabámos por mudá-la por completo. Gadg ficou
convencido e gravou-a.
Na
nossa improvisação, quando o meu irmão me apontava a arma no táxi, eu olhava
para a pistola e depois para ele com ar incrédulo. Não me passaria um segundo
pela cabeça que ele premisse o gatilho. Senti pena dele. Depois Rod começa a
falar da minha carreira de pugilista. “Se eu tivesse tido um agente melhor”,
disse, “as coisas ter-me-iam corrido melhor no ringue. Ele foi demasiado
apressado contigo.”
- Não
foi ele, Charlie - disse eu -, foste tu. Lembras-te daquela noite no Garden
quando foste ao meu camarim e me disseste “Miúdo, hoje não é a tua noite. Vamos
apostar no Wilson?” - Lembras-te disso? “Esta não é a tua noite.” - A minha
noite! Podia ter vencido o Wilson. Por isso, o que aconteceu? Ele ficou a um
passo do título, como se fosse uma brincadeira e eu que é que consegui? Um
bilhete de ida para Palookaville. Tu és meu irmão, Charlie, devias ter
defendido melhor os meus interesses. Devias ter tomado melhor conta de mim,
para que eu não tivesse que receber massa para fingir knock-outs... Podia ter
tido classe. Podia ter sido um grande pugilista. Podia ter sido alguém, em vez
de um vagabundo, que é o que eu sou, chamemos as coisas pelos nomes. Foste tu, Charlie...
Quando
o filme estreou, imensas pessoas consideraram a minha actuação excelente e a
cena comovente. Mas não precisava de um actor, era uma cena que demonstrava
como o público se identifica com as personagens numa história bem contada.
Quase toda a gente acredita que ele podia ter sido um grande pugilista, que
podia ter sido alguém se tivesse tido outra sorte, por isso, ao verem a cena,
identificam-se com ele. É essa a magia do teatro; todo o público se transforma
em Terry Malloy, um homem que teve a coragem, não apenas de fazer frente à
Máfia, como também de afirmar: “Sou um vagabundo. Chamemos as coisas pelos seus
nomes...”
No dia
em que Gadg me mostrou o filme, fiquei tão deprimido com a minha actuação que
me levantei e abandonei a cabina de projecção. Pensei que o filme ia ser um
fracasso e afastei-me sem dizer palavra. Estava muito envergonhado.
Ninguém
é perfeito e penso que Gadg fez bastante mal a outras pessoas, mas sobretudo a
si próprio. Estou em dívida para com ele por tudo o que me ensinou. Era um
professor maravilhoso.
Tive
alguns problemas de consciência em comparecer na cerimónia de entrega dos
Óscares e aceitar um galardão. Nunca acreditara que o resultado fosse mais
importante do que o esforço. Lembro-me de que me levaram para a cerimónia e eu
ainda estava indeciso acerca do facto de ter vestido um smoking. Mas acabei por
pensar “que se lixe”; as pessoas querem agradecer-nos e se é assim tão
importante para elas, porque não comparecer? Desde então mudei de opinião
acerca dos prémios em geral e não voltarei a aceitar nenhum. Isto não significa
que não considere válido aquilo em que as outras pessoas acreditam; muitas
pessoas que conheço e de quem gosto acreditam que os galardões são bastante
valiosos e chegam mesmo a envolver-se no processo dos Óscares da Academia e
outros. Não os desprezo por isso e espero que também não me desprezem a mim.”
HÁ
LODO NO CAIS
Título
original: On the Waterfront
Realização: Elia
Kazan (EUA, 1954); Argumento: Budd Schulberg, segundo artigos de Malcolm Johnson;
Música: Leonard Bernstein; Fotografia (p/b): Boris Kaufman; Montagem: Gene
Milford; Direcção artística: Richard Day; Maquilhagem: Mary Roche, Fred C.
Ryle; Direcção de produção: George Justin; Asistentes de realização: Charles H.
Maguire, Arthur Steckler; Som: Jim Shields; Produção: Sam Spiegel; Intérpretes: Marlon Brando (Terry
Malloy), Karl Malden (Padre Barry), Lee J. Cobb (Johnny Friendly), Rod Steiger
(Charley Malloy), Eva Marie Saint, Pat Henning (Timothy J. 'Kayo' Dugan), Leif Erickson
(Glover), James Westerfield (Big Mac), Tony Galento (Truck), Tami Mauriello
(Tullio), John F. Hamilton ('Pop' Doyle), John Heldabrand, Rudy Bond, Don
Blackman, Arthur Keegan, Abe Simon, Barry Macollum, Mike
O'Dowd, Martin Balsam, Fred Gwynne, Thomas Handley, Anne Hegira, Dan Bergin,
Jere Delaney, Michael V. Gazzo, Pat Hingle, Tiger Joe Marsh, Edward McNally,
Nehemiah Persoff, Johnny Seven, etc. Duração: 108 minutos; Distribuição em
Portugal: Columbia Filmes; Columbia Tristar (DVD); Classificação Etária: M/12
anos.