sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

HÁ LODO NO CAIS (1954)



HÁ LODO NO CAIS (1954)


“On the Waterfront” (Há Lodo no Cais) é uma das obras máximas de Elia Kazan e também um dos seus títulos mais contestados. Não pela qualidade intrínseca da obra, que raros põem em causa, mas pelas implicações que a mesma acarreta, relativas a um período extremamente polémico da vida da América e do próprio cineasta.
Deve, aliás, dizer-se que “Há Lodo no Cais” poderá justificar duas formas de aproximação quase antagónicas, uma integrando o filme no caso específico do comportamento individual do realizador durante o "maccartismo", outra olhando-o como obra autónoma que seja analisada por um espectador desprevenido que atente apenas naquilo que as imagens mostram.
Para se compreender melhor este filme é necessário conhecer um pouco da história pessoal deste cineasta. Já com alguma fama como encenador, Elia Kazan foi convidado, no início da década de 40, a viajar até Hollywood.
Durante os anos 30, ainda em Nova Iorque, militara no Partido Comunista americano, numa época em que este partido tinha alguma influência no quadro da sociedade norte americana, sobretudo por causa de Roosevelt e do seu programa de desenvolvimento económico e social, conhecido por “New Deal”. Roosevelt desafiara as forças de esquerda para se associarem a este projecto de recuperação nacional, o que era sobretudo visível no campo artístico e literário. Por isso, quando Kazan surge na realização, é compreensível que mantenha e prolongue no cinema essa formação de empenhamento político, bem como as suas inquietações de raiz social, o que ficou bem testemunhado, por exemplo, em “Crime Sem Castigo”.


Depois, em meados da década de 40, quando Kazan já se encontrava fora das estruturas do Partido - fora expulso, acusado de pouca ortodoxia -, a Comissão das Actividades Anti-Americanas inicia a depuração da sociedade americana dos elementos comunistas, e avança deliberadamente contra o mundo do cinema, pois era o campo que maior cobertura jornalística forneceria, favorecendo dessa maneira a estrutura intimidatória do inquérito dirigido pelo tristemente célebre senador MacCarthy. O cinema seria o exemplo a brandir perante a sociedade.
Entre os vários realizadores, argumentistas, técnicos e actores intimados a comparecer perante essa comissão esteve Kazan. Enquanto alguns se recusaram a depor e outros falaram constrangidos, Kazan aceita depor, e aluga uma página de um diário para tornar pública a sua denúncia. Confessa ter sido comunista e aponta os que como ele o foram, alegando várias justificações para esta atitude, entre as quais o facto do PC americano se ter transformado numa estrutura intimidatória lesiva.
Daí em diante, Kazan será acusado na América e no mundo por este seu acto, e os seus filmes posteriores não deixam de reflectir sobre este acontecimento traumatizante. “Viva Zapata!”, que é realizado em 1951, acompanha o desenrolar do processo, “Man on a Tightrope”, de 1954, é uma obra claramente anti comunista, e talvez das mais fracas de Kazan, “Há Lodo no Cais” é de 1954, e assume-se claramente como uma reflexão sobre a denúncia. Será que a denúncia é em si mesmo um acto negativo? Kazan irá mostrar, através da figura de Terry Malloy, que Marlon Brando interpreta de forma memorável, que a denúncia pode por vezes ser heróica.


É aqui que a interpretação desta obra adquire leituras diferenciadas. Se a denuncia de Kazan, por muito compreensíveis que sejam os factos em que se baseia, e que a História de alguma forma comprovou, é apesar de tudo condenável, pelo cenário histórico em que se inscreve - a ascensão de forças ultrareaccionárias na América, comandadas por ultra direitistas como o sinistro MacCarthy -, já a denúncia de Terry Malloy é efectivamente um acto de coragem cívica.
No mundo das docas, com os sindicatos dominados por uma Mafia que tudo corrompe em proveito próprio, Terry Malloy, antigo pugilista que passou ao lado de uma grande carreira porque aceitou perder um combate que era de ganhar, é chamado para atrair a uma cilada um operário que estava disposto a denunciar o "complot". Mas, a partir daí, este acto irá pesar na consciência de Terry Malloy, que lentamente começa a perceber quais os interesses que efectivamente se movimentam por detrás de Johnny Friendly e do seu próprio irmão Charley. O padre Barry coloca-se à frente da contestação, mas necessita de alguém que aceite depor no inquérito. Alguém que chegue vivo até ao tribunal.
O filme de Kazan é prodigiosamente construído, e admiravelmente interpretado. Basta analisar meia dúzia de planos iniciais para se perceber que estamos perante um cineasta invulgar. Das docas sai o grupo de Johnny Friendly e a imagem, com um navio acostado, é uma imagem de força e de poder. Num “contra-plongée” quase vertical, vê-se Terry Malloy, com um pombo-correio nas mãos, chamar um amigo. Num plano seguinte, o rosto de Malloy surge para lá de um gradeamento que aponta para o céu as suas ameaçadoras setas metálicas. E dá-se o irremediável.


As imagens preparam o acontecimento de forma fulgurante. Todo o filme irá jogar com esta mestria narrativa, este poder de sugestão, esta força expressiva que só os muito grandes conseguem realmente concretizar com uma economia de meios absolutamente genial. Elia Kazan é um realizador invulgar. O argumento de “On the Waterfront”, escrito por Budd Schulberg, segundo uma série de artigos de Malcolm Johnson, é de uma inteligência e lucidez notáveis. A fotografia a preto e branco de Boris Kaufman é igualmente admirável, pela dureza e rigor que imprime às imagens. A música de Leonard Bernstein ajuda a ritmar o pulsar desta sociedade violenta. Marlon Brando atinge aqui o estatuto de mito, mas todos os que o rodeiam são brilhantes, desde os sinistros Lee J. Cobb e Rod Steiger, à inocente e pura Eva Marie Saint, passando por Karl Malden na figura do padre Barry. 
Uma obra-prima que a Academia de Hollywood consagrou com 8 Oscars, entre os quais os de melhor filme, melhor realização, melhor actor, melhor actriz secundária, melhor argumento, melhor fotografia a preto e branco, melhor montagem e melhor direcção artística. Pela primeira vez na história de Hollywood um mesmo filme via três actores secundários serem nomeados para o Oscar da categoria - Karl Malden, Rod Steiger e Lee J. Cobb. 
E não se pode dizer que tenha sido somente a Academia a saldar a sua dívida para com Kazan, porque nos meios de Hollywood, entre aqueles mesmo que agora votavam os melhores, Kazan deixara muitas inimizades. Mas a força de “Há Lodo no Cais” a tudo resiste. Esperemos que funcione hoje como tremendo libelo contra um mundo onde as injustiças mais gritantes sobrevivem, e onde por vezes é necessário erguer corajosamente a voz.


Marlon Brando, na sua autobiografia, explica desta forma a génese de “Há Lodo no Cais”: “Durante a década de trinta, vários membros do Group Theatre, incluindo Gadg, aderiram ao Partido Comunista - em grande parte, julgo, devido a uma crença idealista de que oferecia uma abordagem progressista para acabar com a Depressão e a crescente desigualdade económica no país, confrontava a injustiça racial e fazia frente ao fascismo. Muitos, incluindo Gadg, não tardaram a ficar desencantados com o partido, mas apelavam para as sua causas durante a histeria da era McCarthy.
“A House Un-American Activities Committee era liderada por J. Parnell, um honrado pilar da nossa comunidade política, que veio mais tarde a ser preso por fraude. Os outros membros da comissão estavam bastante mais preocupados em explorar o fascínio do público por Hollywood e em gerar publicidade para si próprios do que com qualquer outra coisa. Intimaram Gadg e o seu testemunho marcou-o para sempre. Não apenas admitiu que fora comunista, como identificou todos os restantes membros do Group Theatre que também o haviam sido. Muitos dos seus velhos amigos ficaram furiosos, consideraram o testemunho uma traição e recusaram-se a voltar a falar ou trabalhar com ele.”
“Até então, Gadg colaborara com Arthur Miller, para quem realizou “All My Sons”. Depois disso, presenteou-me com um argumento que tratava da vida nos cais de Nova Iorque. Quando Miller se retirou do projecto, Gadg chamou Budd Schulberg, o romancista que, tal como ele próprio, denunciara nomes perante a House Un-American Activities Committee. Schulberg estava a trabalhar num argumento acerca da corrupção nas docas baseado numa série de artigos de imprensa premiados que descreviam a forma como a Máfia se apoderava de parte da carga movimentada nos portos de Nova Iorque e Nova Jérsia. Gadg e Schulberg juntaram os dois argumentos e tentaram durante meses arranjar um estúdio que financiasse o filme.“


Sobre a personagem que interpretou, o actor esclarece: “Terry Malloy, um ex-pugilista, foi uma personagem baseada numa figura verídica que, apesar das ameaças contra a sua vida, testemunhou contra o Goodfellas, que dirigia o cais de Jérsia. Aceitei com relutância o papel porque não apreciara a atitude de Gadg e conhecia algumas das pessoas que haviam sido gravemente prejudicadas. Era especialmente estúpido, porque a maior parte das pessoas haviam deixado de ser comunistas. Pessoas inocentes foram também colocadas na lista negra, incluindo eu, embora nunca tivesse tido qualquer filiação política. Foi apenas porque tinha assinado uma petição contra o linchamento de um homem negro no Sul. A minha irmã Jocelyn, que aparecera na peça “Mister Roberts”, na Broadway, e se tornou uma actriz muito popular, foi também incluída na lista negra porque o seu nome de casada era Asinof e havia outro J. Asinof. Nessa época, pisar o passeio com o pé esquerdo em primeiro lugar já era motivo para suspeita de que se pertencia ao Partido Comunista. Julgo que escapámos por um triz a implantação do fascismo neste país.”
“Gadg tinha de justificar o que fizera e pareceu ter sinceramente acreditado na existência de uma conspiração global para se apoderar do mundo e em que o comunismo constituía uma perigosa ameaça para as liberdades americanas. Tal como os seus amigos, disse-me que se voltara para o comunismo porque, na altura, lhe parecera oferecer um mundo melhor, mas que o abandonara quando se apercebera de que não era assim. Falar sinceramente perante a comissão, opondo-se aos seus antigos amigos que não haviam abandonado a causa, fora uma decisão difícil, acrescentou, mas uma vez que fora por eles ostracizado não sentia remorsos pelo que fizera.”
“Decidi finalmente fazer o filme, mas do que não me apercebi na altura foi de que “Há Lodo no Cais” era na verdade um argumento metafórico da autoria de Gadg e Budd Schulberg; fizeram o filme para se justificarem por terem denunciado os amigos. Claro que, ao interpretar a figura de Terry Malloy, eu representava o espírito do homem destemido e corajoso que desafiava o mal. Nem Gadg nem Budd Schulberg tiveram alguma vez segundas intenções no seu testemunho perante a comissão.”


“Nessa época, Gadg era o realizador que estava no limiar da mudança do modo de fazer filmes. Fora influenciado por Stella Adler e pelas inovações que esta trouxera da Europa e tentava sempre criar espontaneidade e ilusão da realidade nos seus filmes. Contratou homens das docas para actuarem como figurantes. Filmou a maior parte das cenas nos bas-fonds da doca de Nova Jérsia. Ficou satisfeito por estar mesmo frio. Isso conferia um toque de realismo e ficou encantado pelo facto de o nosso bafo aparecer no filme. A maior ironia consistiu no facto de ter obtido autorização da Máfia para filmar nas docas. Quando o convidaram para almoçar, arrastou-me com ele e só mais tarde vim a saber que o homem com quem almoçámos era o líder do cais de Jérsia. Apesar de Gadg ter denunciado os amigos perante a House Committee over Communism, nem hesitou ao ter que cooperar com a Cosa Nostra. Tendo em conta os seus próprios critérios, isto pareceria um extraordinário acto de hipocrisia, mas quando Gadg queria fazer um filme e tinha de mexer alguns cordelinhos para o conseguir estava perfeitamente disposto a isso. Na realidade, conheci algumas pessoas da Cosa Nostra na altura e tê-los-ia preferido a bastantes políticos que temos.”
Muito interessante é ainda surpreender as relações entre actor e realizador, neste caso entre Elia Kazan e Marlon Brandon que aqui dá conta da sua versão:
“Uma das razões pelas quais Gadg era um óptimo realizador era por conseguir manipular as emoções das pessoas. Tentava descobrir tudo acerca dos seus actores e participava emocionalmente em todas as cenas. Vinha ter connosco nos intervalos das filmagens e dizia-nos algo que pudesse suscitar reacções para melhorar a cena. Por vezes, chegava a criar mal-entendidos com esta técnica. Em “Viva Zapata!” eu fazia de irmão de Tony Quinn e Gadg disse-lhe algumas mentiras a meu respeito. Isto intensificou o estado emocional de Tony e foi muito bom para o filme, porque fez acentuar o conflito entre irmãos; infelizmente, Gadg nunca se preocupou em desfazer o mal-entendido. Só vim a sabê-lo quinze anos depois, num talk-show, em que Tony fez referencia ao que se passara. Telefonei-Ihe e disse-lhe que nunca havia dito tais coisas e que Gadg o manipulara. Foi um alívio poder esclarecer esta trapalhada. Desde então, Tony e eu voltamos a falar-nos.”
“Gadg era fantástico a inspirar os actores a representar, mas isso tinha um preço. As pessoas comentaram muitas vezes comigo a cena de “Há Lodo no Cais” que tem lugar no banco de trás de um táxi. Ilustra bem o modo de trabalhar de Kazan. Eu desempenhava o papel de irmão bonzinho e ele era um líder sindical corrupto que tentava melhorar a minha posição com a Máfia. Haviam-Ihe insinuado de diversas formas que me armasse uma cilada porque eu iria testemunhar perante a Comissão do Cais acerca dos crimes de que tinha conhecimento. Segundo o argumento, Steiger era suposto puxar de uma pistola no táxi, apostar-ma e dizer “Decide-te antes de chegarmos a 437 River Street” - que era onde eu seria morto.
Disse a Kazan: “Não posso acreditar que ele dissesse uma coisa dessas ao irmão e o público também não vai acreditar que este tipo que viveu toda a vida com o irmão e que tomou conta dele durante trinta anos lhe apontasse de repente uma arma e ameaçasse matá-lo. Não é verosímil.
Esta situação era típica das discussões criativas que tínhamos.
- Não posso representar isto assim - insisti e Gadg respondeu: “-Claro que podes; é perfeitamente plausível.”
- É ridículo - protestei. - Ninguém falaria assim ao irmão. Representámos várias vezes a cena à maneira dele, mas eu continuei a dizer:
- Não pode ser assim, Gadg, a sério que não. Finalmente, ele disse: “Está bem, apresentem a vossa proposta”.
Rod e eu improvisámos a cena e acabámos por mudá-la por completo. Gadg ficou convencido e gravou-a.
Na nossa improvisação, quando o meu irmão me apontava a arma no táxi, eu olhava para a pistola e depois para ele com ar incrédulo. Não me passaria um segundo pela cabeça que ele premisse o gatilho. Senti pena dele. Depois Rod começa a falar da minha carreira de pugilista. “Se eu tivesse tido um agente melhor”, disse, “as coisas ter-me-iam corrido melhor no ringue. Ele foi demasiado apressado contigo.”


- Não foi ele, Charlie - disse eu -, foste tu. Lembras-te daquela noite no Garden quando foste ao meu camarim e me disseste “Miúdo, hoje não é a tua noite. Vamos apostar no Wilson?” - Lembras-te disso? “Esta não é a tua noite.” - A minha noite! Podia ter vencido o Wilson. Por isso, o que aconteceu? Ele ficou a um passo do título, como se fosse uma brincadeira e eu que é que consegui? Um bilhete de ida para Palookaville. Tu és meu irmão, Charlie, devias ter defendido melhor os meus interesses. Devias ter tomado melhor conta de mim, para que eu não tivesse que receber massa para fingir knock-outs... Podia ter tido classe. Podia ter sido um grande pugilista. Podia ter sido alguém, em vez de um vagabundo, que é o que eu sou, chamemos as coisas pelos nomes. Foste tu, Charlie...
Quando o filme estreou, imensas pessoas consideraram a minha actuação excelente e a cena comovente. Mas não precisava de um actor, era uma cena que demonstrava como o público se identifica com as personagens numa história bem contada. Quase toda a gente acredita que ele podia ter sido um grande pugilista, que podia ter sido alguém se tivesse tido outra sorte, por isso, ao verem a cena, identificam-se com ele. É essa a magia do teatro; todo o público se transforma em Terry Malloy, um homem que teve a coragem, não apenas de fazer frente à Máfia, como também de afirmar: “Sou um vagabundo. Chamemos as coisas pelos seus nomes...”
No dia em que Gadg me mostrou o filme, fiquei tão deprimido com a minha actuação que me levantei e abandonei a cabina de projecção. Pensei que o filme ia ser um fracasso e afastei-me sem dizer palavra. Estava muito envergonhado.
Ninguém é perfeito e penso que Gadg fez bastante mal a outras pessoas, mas sobretudo a si próprio. Estou em dívida para com ele por tudo o que me ensinou. Era um professor maravilhoso.
Tive alguns problemas de consciência em comparecer na cerimónia de entrega dos Óscares e aceitar um galardão. Nunca acreditara que o resultado fosse mais importante do que o esforço. Lembro-me de que me levaram para a cerimónia e eu ainda estava indeciso acerca do facto de ter vestido um smoking. Mas acabei por pensar “que se lixe”; as pessoas querem agradecer-nos e se é assim tão importante para elas, porque não comparecer? Desde então mudei de opinião acerca dos prémios em geral e não voltarei a aceitar nenhum. Isto não significa que não considere válido aquilo em que as outras pessoas acreditam; muitas pessoas que conheço e de quem gosto acreditam que os galardões são bastante valiosos e chegam mesmo a envolver-se no processo dos Óscares da Academia e outros. Não os desprezo por isso e espero que também não me desprezem a mim.”


HÁ LODO NO CAIS
Título original: On the Waterfront

Realização: Elia Kazan (EUA, 1954); Argumento: Budd Schulberg, segundo artigos de Malcolm Johnson; Música: Leonard Bernstein; Fotografia (p/b): Boris Kaufman; Montagem: Gene Milford; Direcção artística: Richard Day; Maquilhagem: Mary Roche, Fred C. Ryle; Direcção de produção: George Justin; Asistentes de realização: Charles H. Maguire, Arthur Steckler; Som: Jim Shields; Produção: Sam Spiegel; Intérpretes: Marlon Brando (Terry Malloy), Karl Malden (Padre Barry), Lee J. Cobb (Johnny Friendly), Rod Steiger (Charley Malloy), Eva Marie Saint, Pat Henning (Timothy J. 'Kayo' Dugan), Leif Erickson (Glover), James Westerfield (Big Mac), Tony Galento (Truck), Tami Mauriello (Tullio), John F. Hamilton ('Pop' Doyle), John Heldabrand, Rudy Bond, Don Blackman, Arthur Keegan, Abe Simon, Barry Macollum, Mike O'Dowd, Martin Balsam, Fred Gwynne, Thomas Handley, Anne Hegira, Dan Bergin, Jere Delaney, Michael V. Gazzo, Pat Hingle, Tiger Joe Marsh, Edward McNally, Nehemiah Persoff, Johnny Seven, etc. Duração: 108 minutos; Distribuição em Portugal: Columbia Filmes; Columbia Tristar (DVD); Classificação Etária: M/12 anos.

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